O alumínio não é encontrado em estado metálico na crosta terrestre. Sua obtenção é feita pela mineração da bauxita e depois passa pelas etapas de refinaria e redução.
Mineração
O alumínio como dito antes, é obtido pela mineração da bauxita, um minério encontrado em grupos climáticos de três: Mediterrâneo, Tropical e Subtropical. A bauxita precisa apresentar no mínimo 30% de oxido de alumínio (AL203) aproveitável para que a produção seja economicamente viável. As reservas brasileiras, , estão entre as maiores do mundo, além da ótima qualidade do minério.
Rejeitos da mineração da bauxita
Na etapa primária de beneficiamento da bauxita, o único rejeito proveniente da lavagem do minério é a argila, sem qualquer aditivo químico. Nesses depósitos, o rejeito é adensado (compactado) e parte da água recuperada é reaproveitada no processo, o que reduz o risco de vazamento nas barragens.
Essa argila com o passar do tempo, sedimenta e seca no reservatório. A água residual vai sendo eliminada até que haja condições para o replantio de vegetação sobre o antigo depósito, o que possibilita a reintegração da área ao meio ambiente.
Refinaria
Nesta parte do processo, a alumina, além de ser insumo para a obtenção do alumínio primário, tem diversas aplicações, como por exemplo, para a fabricação de materiais refratários, tratamento de água, uso em produtos abrasivos e para polimento, como retardante de chamas, na fabricação de velas de ignição, entre outros.
O processo mais utilizado para obtenção de alumina é Bayer.
A seguir o exemplo do fluxo:
Redução do alumínio
Para obter o alumínio, precisa-se ocorrer a redução da alumina calcinada em cubas eletrolíticas, a altas temperaturas. No processo conhecido como Hall- Heroult. São necessárias duas toneladas de alumina para produzir uma tonelada de metal primário pelo processo de redução.
No exemplo a seguir, é mostrado como acontece a transformação da alumina calcinada em alumínio metálico:
Rejeitos do refino da bauxita
Na parte da transformação da bauxita, que ocorre nas refinarias, os resíduos decorrentes são direcionados para as áreas de disposição do resíduo de bauxita (ADRB), que são licenciadas pelos órgãos ambientais, projetadas e construídas para atender os melhores padrões de segurança da indústria. Nesse caso, após sucessivas lavagens e filtragens no interior da refinaria a água depositada nas ADRB- ainda com traços de alcalinidade, também volta para o processo.
A quantidade de água acumulada, aumenta os riscos de vazamento nas barragens. Por este motivo, além de reaproveitar a água do processo, as empresas adotam práticas de estocagem e de operação que buscam o maior adensamento dos rejeitos (redução da umidade) tais como o uso de filtros-prensa, espessadores e o empilhamento a seco (dry stacking). Depois de obtida a consolidação dos sólidos, a revegetação da superfície permite a reintegração das áreas no meio ambiente da região.
Fonte: Abal (Associação Brasileira do alumínio)